quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Presente de natal

Publicaram! Para coroar 2008!

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http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=517FDS007

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E tenha um Feliz Natal!

Encerrando os trabalhos desse ano, em que o blog cresceu e ganhou razoável visibilidade, recebendo visitantes de mais de 100 países, venho apenas agradecer os elogios que muitos fizeram, as críticas que também recebi, que serviram para não me acomodar. Agradeço as inúmeras visitas que sempre são o incentivo para continuar postando e melhorando a cada dia. Obrigado também pela compreensão, pois nesse ano atribuladíssimo, não consegui manter o blog atualizado constantemente, e mesmo assim as visitas e os pageviews não diminuíram, graças a você leitor. Obrigado mais uma vez. Para os leitores e parceiros deste blog e suas caríssimas famílias desejo um Santo Natal e Um Ano Novo cheio de bênçãos da providência divina. Até 09 caríssimos!


domingo, 21 de dezembro de 2008

O poder de desvirtuar

A quarta-feira, dia 17 de dezembro desse ano foi um dia anômalo no cotidiano político representativo brasileiro; 02h00min da manhã ligo a televisão e de sorte estava na TV Senado, vi um plenário lotado, e fiquei incrédulo quando vi que estava ao vivo, comecei a assistir, pois não é todo dia que vemos semelhantes milagres, percebi que estavam votando várias PEC’S, entre essas, compunha a pauta de votação a PEC 20/08, relativa ao aumento do numero de vereadores nas câmaras. Quando essa entrou em votação e ganhou com um esmagador 58 a 5, ecoou estrondosos gritos de comemoração, por parte de um grupo numeroso de vereadores presentes na sessão, seguida de uma calorosa salva de palmas da maioria dos senadores que ali estavam inclusive do presidente do senado. Não compreendi muito bem aquela atitude dos senadores, particularmente não estava a par da situação, logo, encarei com normalidade. Só depois, entendi o quanto pode ser despóticas, tirânicas e irresponsáveis as decisões do senado. Atravessaram o ano todo e somente agora resolveram trotar essa intensiva de aprovações desordenadas e afoitas perante o recesso bem vindo, atropelando qualquer tipo de ética que posso haver, pois é lógico que a sociedade civil e desfavorável ao acréscimo de mais de 7 mil vereadores. E para mostrar ainda mais a insolência da aprovação dessa PEC, o senado, driblou a redução de gastos, e suprimiu a parte do texto que limitava os gastos das câmaras, numa amostra grátis e perversa de não reger o erário público. 

Partindo para outro enfoque, nesse mesmo dia aconteceu a reunião da CPI da pedofilia, na qual deveria ser totalmente assinado o termo de cooperação com as empresas de telecomunicações e provedoras de Internet. O qual irá definir mecanismos de armazenamento de dados de usuários de Internet e fornecimento de informações, às autoridades policiais, sobre internautas investigados pela prática de crimes contra crianças e adolescentes. Mas, após quatro meses de discussão entre representantes das empresas, CPI, Polícia Federal, Ministério Público Federal, SaferNet - ONG de defesa dos direitos humanos - e Comitê Gestor de Internet, apenas TIM, Oi Telemar e Brasil Telecom chancelaram o documento. Inexplicavelmente, provedores de grande magnitude como Telefônica, Vivo, Claro, Terra, My Space, Abranet, Abrafix, IG, Net e UOL, harmonicamente orquestraram as suas ausências ao ato de assinatura do termo, desprezando o gesto de tamanha importância contra os crimes virtuais que atingem a moral dos cidadãos seus consumidores. Muito estranho a UOL, logo ela, que em seu portal armazenou por tempo considerável, uma sala de bate-papo denominada “incesto” criada pelo pai-de-santo e operador de telemarketing Márcio Aurélio Toledo, 36 anos, sujeito que segundo a policia utilizava a sala de bate-papo para se comunicar com supostos pedófilos, para quem ele aliciava crianças. Por cima de todo esse painel de escárnio, e para denotar a vileza e abjeção com que a mídia trata os fatos, foi óbvio e evidente que por ser referente a empresas diretamente ligadas aos seus lucros financeiros, o assunto foi manejado de maneira tímida e corriqueira por parte da imprensa, sem detalhamentos. Em nenhum nível jornalístico o tema não ganhou o destaque merecido; passou em branco nos jornais falados, impressos e digitalizados. A mídia com seu papel de informar, alertar e mostrar a verdade novamente sucumbe diante dos interesses mercadológicos. Em tempos de crise talvez valha tudo.

sábado, 13 de dezembro de 2008

O clima de Natal

Alegria, amor, festa, fé, luzes, papais noéis, presentes, neste Natal, diante da frágil situação econômica que o mundo esta envolto, e do modo como as coisas estão arranjadas no nosso país, temos que aguçar nossos sentidos e ainda rever alguns conceitos ultrapassados que insistimos em conservar. É verdade que em varias ocasiões a mídia atemoriza a população, e isso não é de agora, desde o inicio da redemocratização onde o cenário inflacionário emergia como o grande vilão das finanças do país, o jornais já cumpriam seu papel de super-alertar o povo, e hoje acontece semelhante, o discurso conservador de “poupar para prover” já vem sendo mastigado há muito tempo. Mas a lógica da economia é outra, e cruel, e perversa, se não houver consumo por parte da população, ela mesma vai sofrer com o desemprego gerado pelo “efeito domino no circulo espiral”, que evolui derrubando a partir do arco maior até o menor. Por isso é necessário e prudentemente essencial mantermos a economia aquecida, para nos mantermos resguardados de qualquer má influência do derretimento do mercado americano. Isso não é apenas uma questão de repetir o discurso lulista, mas sim a maneira de continuar a percorrer a senda do desenvolvimento e crescimento com bases sólidas. O governo esta realmente tomando as precauções corretos com relação à oferta de credito ao consumidor, porque, como disse o presidente: "Se a gente permitir que a economia pare, estamos desgraçados”.

 
O Brasil é o país do ano em infra-estrutura segundo a Agência de Comércio e Desenvolvimento dos Estados Unidos, temos hoje as menores taxas de desemprego da historia da nação; manter esse panorama estável e algo imprescindível para os anseios de evolução que queremos para o futuro do país. Nesse Natal o amor deve ser canalizado ao nosso próximo, às vitimas das enchentes em SC; deixar avarezas e mesquinharias fora da ceia; não precisa economizar nas luzinhas e nem nos enfeites da árvore, Natal no vermelho, só mesmo a roupa de Papai Noel. Para se ter boas festas e uma comemoração despreocupada, basta um pouco de comedimento e sensatez na hora de escolher e ingerir o prosecco. E para viajar nas férias o melhor destino é o Brasil, investir em nós mesmos, índole de fraternidade, condescendência; o turismo também é uma forma de mercado que deve ser largamente consumido pela população, sobretudo, internamente. Porque não buscar conhecer os vários brasis, esse ano, nada de neve e nem bonecos de neve, tampouco anjos de neve. Com o dólar instável, subindo mais do que diminuindo, torna-se, digamos, mais solidário, aplicar na nossa moeda, nosso dinheiro, que de uma forma ou outra retornará para nós como beneficio. O brasileiro comum deve abster-se dessa onda de crise, fugir com destreza da paranóia que a imprensa esta criando. Metaforicamente. ‘O intento nesse Natal é incorporar o espírito de consumo americano, tendo fé na economia, e acreditando que a salvação está dentro de si mesmo’.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Balanço final

Considerada essa uma das melhores temporadas de futebol na historia desse esporte no Brasil; em 2008 não faltaram emoção, vibração e nem gols, muitos gols, mas está chegando ao fim, contudo, mesmo com números estatísticos lucrativos e entusiasmantes, em termos gerais não podemos afirmar que esse tenha sido um ano ímpar nem dentro e tampouco fora do campo de jogo. Os erros e camaradagens de toda a vida futebolística brasileira continuam embaraçando e desafiando o brio do esporte mais praticado aqui, a maldição do dirigente-ditador-amador ainda persiste em alguns clubes, os quais estão em situação nada animadora com relação à estrutura física e material humano. Ainda no ambiente externo aos gramados, o órgão disciplinador do desporto no país também se apresenta ostensivamente incôngruo e desaprumado, largamente criticado por absolvições inaceitáveis, em outras vezes por punições exageradas, está sempre no foco da polemica, não obstante disso tem poder limitadíssimo, qualquer ação por mais fervorosa que seja em diversas ocasiões e restringida por simples liminares, armistícios, etc. e tal. O famigerado efeito suspensivo é outro dos males do STJD, causou grande furor em julgamentos de jogadores importantes, que acabaram isentados da pena. Ainda fora de campo, a imprensa esportiva continua a mesma, senão pior, o jornalismo bairrista recheado de interesses subsiste vulgarmente; o desaparecimento da mídia de jornalistas com credibilidade, em revés com aparecimento de crápulas libertinos sem instrução moral é um fato a lamentar e a colocar no altar da decadência da mídia –marqueteira-esportiva brasileira. Exportar jogadores brasileiros nunca foi um negócio tão rentável como nos últimos anos. Em 2007 a venda de atletas para o exterior bateu recorde, atingindo a marca de US$ 222,6 milhões. A balança comercial do futebol em 2008 apresentou um sutil equilíbrio, isso graças a um fenômeno inédito, a grande invasão de jogadores estrangeiros, sul-americanos, principalmente argentinos, chilenos, mas não há exceção, tivemos bolivianos, paraguaios, uruguaios, colombianos, todos aos montes, estamos mais atrativos ou estamos produzindo menos talentos? Talvez sejam a combinação desses dois fatores, aliado a grande “fuga de cérebros” talentosos para países sem expressão no futebol mundial, arábias, EUA, leste europeu, etc.. Craques no nosso país só se estiverem em recuperação ou em fim de carreira; a nova moda é declarar amor a um clube antes de ser transferido para o exterior e dizer que um dia deseja voltar a esse clube. 

O estatuto do torcedor consolida-se como uma lei que não pegou, e mais, transformou-se num desrespeito, pois, a partir do momento que não há o cumprimento do estabelecido, o principal interessado sai lesado, ofendido, prejudicado com a falta de responsabilidade dos administradores dos clubes e federações. Nas arquibancadas a festa da torcida continua sendo um espetáculo à parte, em alguns estádios as famílias voltaram a freqüentar os jogos, embora isso não seja uma constante. Entretanto, as brigas entre torcidas organizadas estão cada vez mais se aperfeiçoando, agora os torcedores brigões marcam pela internet o lugar do embate, a falta de segurança e um elemento crucial na investida pela paz no futebol, e não só em tempos de Copa do Mundo. Esse ano a arrecadação foi algo estonteante, o total no Campeonato brasileiro gira em torno de R$ 95.770.022,35. Os cinco primeiros colocados do Campeonato brasileiro detêm os recordes de publico e arrecadação. São Paulo, Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo, juntos, tiveram lucro liquido de 46.024.160 milhões, e tiveram o apoio de 2.514.481 milhões de torcedores. Dentro dos gramados, imperfeitos, cheios de buracos, o jogo em si desenvolveu-se ala o basquete americano, times retrancados, jogando em contra-ataque, sem criatividade no meio campo, falta de habilidade, futebol-força, são os novos tons do futebol pentacampeão do mundo, um futebol enlatado. Dificilmente se vê lances geniais, dribles, o que aparenta é que os jogadores são desencorajados a fazer tais jogadas. A prática costumeira da troca excessiva de técnicos não desapareceu da cultura gestora-administrativa, se vê nesse entorno que inexiste qualquer tipo de plano de trabalho para o técnico. A arbitragem foi um ponto a ser destacada nessa temporada, repleta de altos e baixos, e nunca antes tão questionada; muitos times prejudicados, outros favorecidos, por exemplo, o líder São Paulo, segundo o site Globo Esporte, favorecido 12 vezes pela arbitragem. Definitivamente, um problema insanável e que merece ser observado a “olho cru” pela CBF. Os votos que ficam para 2009 é o de voltarmos a ter o futebol singular que tínhamos, mas que foi se esvaindo ao longo dos anos. Esperar que as administrações melhorem é uma peleja preferível de não enfrentar por enquanto, não adianta nos enchermos de expectativa. Mas, enfim, devolvam o nosso futebol.