segunda-feira, 13 de julho de 2009

Redenção

Negro, depois branco, riquíssimo, talentoso, inovador, inventivo, gênio, criador e produto da era pop. Michael Jackson tornou-se uma lenda, assim como Elvis Presley, John Lennon, Jimi Hendrix e outros tantos. Ficou apenas o performer, o astro pop, o objeto de idolatria, os megashows, a superaudiência. Durante bom pedaço da sua vida foi pré-julgado, ridicularizado sob todos os ângulos possíveis, mas nunca se mostrou um reacionário contra a imprensa marrom.

Durante a vida inúmeros escândalos permearam sua carreira vitoriosa; acusado de pedofilia, Michael foi absolvido unanimemente, entretanto, depois do ocorrido jamais conseguiu reverter a sua imagem atrelada à prática pedófila. A anomalia física e a aparência distorcida pelos bisturis, e pela vontade incontida de transparecer algo que realmente ele jamais conseguiria alcançar, e que a genética nunca o deixaria ser, transformou ele, Michael Jackson numa figura monstruosa, deformada; externamente, ele sequer tinha a sobra do jovem que revolucionou o mundo da música, cantando e dançando Thriller em 1982.

O abalo emocional dessa última semana, em todo mundo por causa de Jackson, por causa da morte de uma pessoa que estava no topo do mundo, onde todos podiam ver, e tinham acesso à sua arte, obviamente, isso provocou todo esse furor e comoção em várias faixas etárias das sociedades, entre pessoas que o admiravam, ou apenas tinham algo em comum com o astro.

A metáfora da história vivida por Michael Jackson na sua passagem pela Terra pode ser sintetizada no seu funeral, foi somente mais um show, onde prevaleceu o luxo, a aparência superficial, quem não notou o disfarce dos irmãos dele, aquelas gravatas douradas, óculos escuros, trajes chiques e categoricamente iguais; o caixão dourado, toda a espetacularização, no final o que acorreu foi a busca por lucros, capitalismo, foi o último grande show. 

Massacrado por grande parte da imprensa sensacionalista, não só dos EUA, mas sim de todo mundo, no seu funeral, na sua despedida da Terra vil, estava lá presente cobrindo o seu velório todos aqueles jornais, tablóides e sites que sempre armavam infâmias contra o rei do pop, talvez agora o deixem em paz, ainda que duvide bastante de que isso aconteça.

Embora ultimamente tenhamos visto imagens, noticias e opiniões totalmente desagradáveis e denegridoras da figura de Jacko. Pós-morte, na lembrança dos fãs e dos simpatizantes ficará a imagem da infantilidade daquele Michael criança, um negrinho do cabelo Black Power que dançava magistralmente. Adeus Michael, no fim das contas você foi um bom sujeito, tua morte te redimiu.

9 comentários:

Unknown disse...

Michael jackson foi meu idolo.

\Michel Nunes disse...

Na minha opiniao ele foi um pedofilo fdp, mereceu a morte que teve, eu concordo com vc quando diz que o enterro dele foi um espetaculo.

Ananda V. Sgrancio disse...

Particularmente não sou fã de MJ. Primeiro porque acredito que ele não foi homem o suficiente para aceitar a sua cor (e eu não creio que essa história de doença seja veridica) e o mais irônico de pensar é que os negros ainda idolatram ele, mesmo ele tento vergonha da sua cor!
Segundo porque as músicas dele é horrível, pelo menos os meus ouvidos acham.
Mas não posso negar que ele vai ficar pra sempre na história.

http://opniaoinutil.blogspot.com/

Gregory Vancher disse...

Apesar de toda a polêmica emtorno da vida do MJ, sua contribuição para a música, bem como para a humanidade em geral é incontestável. Talvez agora, após a morte do cantor, passem a dar mais valor à sua obra do que à sua vida.

Thalita disse...

a unica coisa q ele fez q prestava foi o pop...

http://thalita-gloss.blogspot.com/

Wander Veroni Maia disse...

O show tributo de despedida à Michael Jackson foi inesquecível e emocionante. Foi a melhor homenagem que já vi para um artista com muito respeito e sensibilidade. Sou fã da musicalidade e originalidade de MJ!

Abraço,

http://cafecomnoticias.blogspot.com

Vini e Carol disse...

Realmente ele foi massacrado pela imprensa.
Mas, ele tb tem grande culpa nisso, afinal, fez muita cagada!

Abraço.

Marina Brito disse...

É o que acontece sempre, famoso ou não, depois que morre vira "santo", mas acho mesmo que ele foi uma vítima no fim das contas, errou muito óbvio, mas sofreu muito também. Falei um pouco sobre isso no meu blog também
http://oquesepodedizer.blogspot.com/2009/07/ja-deu-o-que-tinha-que-dar.html
Abraço

Pobre esponja disse...

Tem dois lados: quando um cara tem essa postura de popstar (que ele gostava) conseguirá transformar-se em um mito; por outro, se a gente conseguisse imaginá-lo tomando uma cerveja como um homem comum, talvez ele não fosse tão solitário.

abç
Pobre Esponja