terça-feira, 21 de julho de 2009

A gripe noticiosa

A gripe A chegou no Brasil de maneira branda, mas assim mesmo provocou um boom informacional nas mídias como há muito, ou nunca se tinha havido. Todos esse estardalhaço naquele momento cabia mais como uma pirotecnia exagerada e que não se justificava; qualquer suspeita da gripe, e até mesmo um turista desavisado que chegasse das bandas do México era visto como portador do vírus, em potencial é claro.

Os rumores não pararam, a imprensa centralizava atenções em enfatizar casos que tinham a mínima probabilidade de estar infectado, procurando a doença onde ela ainda não havia chegado; no primeiro momento o auxilio de infectologistas, médicos e sanitaristas era muito recorrente, porém incauto e volátil, pois pouco era o conhecimento sobre o H1N1, e muito a temeridade em cima do desconhecido vírus.

Obviamente, como não podia deixar de ocorrer, surgiram as teorias desencontradas sobre os motivos do surto, como também, comparações grotescas com outros tipos de gripe, ostentando precipitadamente os status lhe designado de “gripe espanhola do século XXI”. Produziram-se cenários, bastantes imprecisos a respeito do modo como essa crise sanitária poderia atingir e afetar o nosso país, e se o Brasil estaria naquele instante, preparado para conter o surto da gripe.

A gripe suína foi desvelada pela mídia de uma maneira que trouxe à tona o preâmbulo de um pânico desnecessário. Foi perceptível uma demasiada insistência dos jornais em publicar noticias calamitosas, visivelmente direcionadas à uma população com medo. Mesmo os especialistas afirmando se tratar de uma doença comum.

Já pandemia, presente em todos os continentes, causando descalabro em outros países, vitimando pobres e ricos, se alastrando a partir das vias e aeroportos mundo afora; a nova gripe, merecidamente, recebeu uma semana de férias, saindo da primeira pagina dos noticiários graças à morte de Michael Jackson. Relegada a segundo plano, muitos talvez, suponho, tenham se esquecido do vírus que tanto aparecia nos jornais. Mas, se houve mesmo um esquecimento, este foi breve, porque após transcorrer, secar, evaporar toda a carga de informações sobre o rei do pop, a gripe transmitida pelo porco voltou a compor os principais links dos maiores portais, os clichês dos jornais de grande circulação, e caiu na boca do povo de forma mais atroz, responsável, e porque não dizer, mais ativa e efetiva.

E ai podemos das os créditos e encher a nossa mídia de elogios, efêmeros logicamente, mas merecidos de certa forma, logo que ela está cumprindo o cunho social que lhe legitima, informando massivamente a população sobre o que fazer, todos os cuidados que devemos tomar, onde se propaga, os principais focos; enfim, oferecendo todas informações necessárias para nos precavermos da gripe. Assim dá gosto de ver.

6 comentários:

Anônimo disse...

Falar da gripe suina não gosto muito mas vendo o blog adorei o teu layout rapaz =D

Gostei do texto sobre o Michael, no mundo da música durante essas últimas semanas não falavam em outra coisa, tava até ficando meio gasto já, mas com esse teu texto trouse mais uma nova visão, de um garoto que foi "possúido" pelo capitalismo, atrás da imagem de Michael concerteza tinha gente de mais poder querendo lucrar ¬¬

Pobre esponja disse...

Essa gripe tem muito mais paranóia que realidade. Claro, é preciso precaver e erradiá-la; mas coisas muito mais urgentes (AIDS, Fome, etc) matam muito mais, diariamente...

abç
Parabéns pelo post
Pobre Esponja

DéboraFernands(: disse...

Morro de meeedo
Obrigada pela visita ao meu espaço q volte sempre !
;D

Michel Anthony disse...

ÔÔÔÔÔÔÔÔ garoto do chapeu em remigio apresentaaaaa...

Pensadora disse...

a gripe é uma realidade!mas as pessoas não tem se preocupado muito.
Se puder,visite:
http://pensamentossubentendidos.blogspot.com/
TE CUIDA!BOA SEMANA PRA TI!

Anônimo disse...

Só pra vender a merda do Tamiflu. Nada louvável.