segunda-feira, 18 de maio de 2009

CPI à brasileira


A semana em Brasília foi agitada, os jornalistas tiveram de trabalhar bastante. Primeiro o causo do deputado Sérgio Moraes, “o manicure”, que disse estar se lixando para opinião pública. Ainda por cima, o mentecapto empiorou sua já escoriada imagem, ao dizer que não via irregularidade no fato de Edmar, o suserano do castelo medieval de 25 milhões, possuir o castelo há mais de 20 anos. Depois, o alvoroço da criação ou não da CPI da Petrobrás, para investigar fraudes em licitações, denúncias de desvio de royalties de petróleo, supostas irregularidades em contratos para a construção de plataformas e da refinaria Abreu e Lima (PE). Conseguintemente, as declarações de Lula também geraram certo clima desconfortável entre as bases do governo e da oposição; o presidente afirmou que formar uma CPI nesse momento (crise internacional) seria uma “manobra irresponsável” e que os senadores tucanos agiram como se estivessem “numa briga de adolescentes”.

Mesmo com a mobilização da base aliada para impedir a criação dessa comissão parlamentar, no final da noite de sexta-feira, não conseguiram a retirada de seis assinaturas para impedir a criação da CPI da Petrobras no Senado. Então se deu o pior, em plena crise nossa maior estatal vai ao júri.

Mas hoje faremos diferente, esfriemos nossos ânimos, e vamos saciar nossa fome de republicanismo democrático com uma deliciosa receita preparada especialmente para você, brasileiro, “que nem eu”. Deixemos de delongas e vamos aos ingredientes do nosso prato:

32 g Senadores

1 xícara de Denúncias infundadas

1 dose de Crise

3 colheres de Rivalidade política

2 latas de Declarações polêmicas

1 Arthur Virgílio

1 Tasso Jereissati

5 doses de Cachaça

Modo de preparo:

Em um congresso untado, junte os 32 senadores sedentos para acabar com a reputação de Lula, despeje em cima a xícara de denúncias sem fundamento comprovado, após, uma crisezinha econômica internacional para dar aquele sabor, seguindo, coloque as 3 colheres de rivalidade, aos poucos para não empelotar. Ferva por alguns minutos. Acrescente as declarações polêmicas. O Arthur Virgílio e o Tasso Jereissati você adiciona já no fim do preparo, eles vão conferir o sabor azedo ao paladar. Ponha novamente no fogo, aumente a temperatura, deixe apurar. Retire, coloque e deixe na geladeira por alguns dias. Sirva frio, talvez fique amargo, mas você logo esquece o gosto. Sim, as doses de cachaça você bebe, só assim para aturar a situação do Brasil.

1 comentários:

Márcio Daniel Ramos disse...

Pelo menos Sergio Morais foi sincero em suas declarações. Pior é resto, os que compartilham do mesmo pensamento dele, mais são falsos.