quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Cordão sanitário

Já se passou o tempo em que os Estados Unidos ditavam as regras do jogo político no Continente americano, sobretudo e principalmente na América do Sul, onde governos neopopulistas se estabeleceram, tentando ressuscitar um período da História, as revoluções ultranacionalistas, ala Fidel e Che, revoluções em que o carro-forte era a aversão a dominação imperialista, na figura espoliante da bandeira americana, o fim tétrico dessas rebeliões se deu através de ditaduras que plugadas ao governo norte-americano massacraram o povo e a democracia por muitos anos. Com intuito, ou não, de reacender a chama de rivalidade capitalismo-socialismo dos tempos de guerra fria; atracou em águas venezuelanas para exercícios de praxe, navios de guerra russos, com toda a pompa cerimonial de Chávez, esse episódio suscitou a crise dos mísseis de Cuba de 1962, mas nada semelhante à rinha atual. O populismo também esconde a faceta do autoritarismo, volta e meia abrem um referendo ou plebiscito com propósitos de ampliar o poder, modificando a constituição ao estilo chavista acrescentando poderes especiais, o dito “hiperpresidencialismo”, o que o torna um absolutista, o produto disso é nacionalização de empresas estrangeiras, despotismo nas decisões governamentais, e no fim acaba sem exprimir os anseios do povo, daí então ocorrem fatos como a insurreição oposicionista que houve na Bolívia, a qual, embora violenta, buscava direitos civis, mas mesmo assim foi retaliada pelos cúmplices políticos de ‘esquerda’ do presidente Evo Morales.

O acirramento das questões diplomáticas entre os Estados Unidos e os países do “velho oeste” Sul-americano se estremeceram quando Evo declarou o embaixador dos EUA na Bolívia 'persona non grata'. Ele acusou Philip Goldberg de incitar as divisões políticas em seu país e de promover o separatismo; nada mais nada menos do que um pretexto para assumir posição de vitima diante dessa crise interna. Como o ‘intrometimento’ é costume na relação política entre os populistas latino americanos, Hugo Chávez além de também expulsar o embaixador americano em solo venezuelano, recitou a seguinte pérola: “América Latina não ficará de braços cruzados se Morales for derrubado. Já foi o tempo em que os EUA promoviam golpes e os demais países assistiam sem reagir”. Com a recessão na economia dos Eua que afetará de maneira direta ou indireta todos os mercados que tem relação intercambial efetiva de dependência, as coisas podem não ser tão catastróficas para nós e para os nossos vizinhos latinos do sul, não generalizando, mas se atendo aos principais países do continente, pois, visionando a situação atual em que já inexiste aquela eterna dependência econômica, de exportar a maior parte dos bens produzidos para os EUA, e tê-lo como o grande parceiro comercial, e é nesse ensejo que entra em cena o Brasil, economia em desenvolvimento que torna-se o par comercial dessas nações menores, suprimindo a parcial ausência estadudinense. Ou até mesmo como aconteceu durante e depois da grande depressão de 1929, onde a impossibilidade de importar, estimulou e abriu as portas para o crescimento da indústria e produção interna, assim o histórico de crise deixou efeitos relativamente benéficos à economia latino americana. Analisando da vertente positiva, e de uma certa maneira dando um valor plausível ao movimento esquerdista-populista nos moldes socialistas de Fidel, , logo porque esse afastamento, essa aversão, até mesmo a xenofobia que esse processo anti cultura norte americana traçou em países como Venezuela, Peru, Equador, Bolívia, nas figuras dos seus déspotas "desesclarecidos", serviu para livrar da constante influência dos EUA na região, ficando assim isentos de sujeição. De uma forma simples, toda a atitude de se libertar da dominação política e econômica americana surtiu efeito agora, no momento preciso, a América se vê livre, tendo imunidade ao ônus da crise que assola a economia do Norte. Um salve à Fidel!

18 comentários:

Pedro Junior disse...

Bom acredito q o EUA ainda vai perpetua no poder desse jogo político por algumas anos, essa crise é passageira... mas enfim ótimo post

Passa lá no meu blog depois
Abraços

Edward Stewart disse...

Infelizmente, os países desenvolvidos são aqueles que mandam na economia, independente do valor da moeda.
A crise da bolsa é passageira, em compensação, os problemas enfretados no segundo mundo parecem nunca acabar! ;)

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Quander der, visite:
http://covildeideias.blogspot.com/

Confissoes de uma Adolescente ;D disse...

será que vem por ai uma 3 gurra mundial?
Por mim que venha
VIVA O COMUNISMO
estou cansada dos yankees ditaram o que devemos fazer, com quem devemos nos relacionar alegando sempre que pelo "bem mundial" sendo pelo bem deles mesmo...

Unknown disse...

Acredito q essa crise va afetar a qase todos, mas muitos dos paises da ameria latina estao preparados, avredito eu. Como de costume A familia Bush deixa o Mal, ou melhor o cancer do mundo (a porra dos EUA), na crise. Sem mais acabo aqui.

Janaina W Muller disse...

Essa crise...aiai, quando a gente pensa no poder desses países desenvolvidos - com atenção especial para os EUA, dá um medo desgraçado. Não concordo com aquela menina ali de cima...se um terceira guerra mundial vier, tá tudo acabado. Não quero nem pensar nas possibilidades...o problema, é que basta ligar a televisão para que esses pensamentos venham a tona :x

Abraços.
='-'=

http://nerdezasaleatorias.blogspot.com/

YagoMurakami disse...

Realmente, se acabar tendo uma 3ª guerra mundial nos dias de hoje, já era! no minimo vai ser guerra nuclear...
abraços!

http://wallnosekai.blogspot.com/

Erich Pontoldio disse...

Será que nãoé um processo natural para o mundo evoluir ?

∂α∂α ∂υвєυx disse...

aie adoreei o seu Blog ,
sUPER ANTENAdo , e os posts são inteligentes , eu ameei !

Fabio disse...

comprei uma revista ontem, que fala exatamente sobre uma possivel terceira guerra...

muito boa a materia!

Anônimo disse...

Não entendi muito, mas é um assunto polêmico. Se ouver uma terceira guerra, o mundo se fode em conjunto.

Anônimo disse...

Um pouco extenso mas trata bem dessa questao.

Anônimo disse...

Essa crise...aiai, quando a gente pensa no poder desses países desenvolvidos - com atenção especial para os EUA, dá um medo desgraçado. Não concordo com aquela menina ali de cima...se um terceira guerra mundial vier, tá tudo acabado. Não quero nem pensar nas possibilidades...o problema, é que basta ligar a televisão para que esses pensamentos venham a tona.

[2]

Anônimo disse...

ficaorkut

Michel Anthony disse...

Com certeza a politica de afastamento da cultura americana ta surtindo efeito nesse momento.

Michel Anthony disse...

Visite: www.saopauloblog.blogpsot.com

Márcio Daniel Ramos disse...

salve Fidel! (apesar de tudo)

eu gosto do Chaves, eu acho que ele ao invés de provocar polêmica quanto ao seu desejo de eterna reeleição, poderia simplismente eleger um pau-mandado nos porcimos pleitos, e depois voltaria facilmente ao poder. isso resolveria a a questão da auternancia de poder (chaves/chaves/pau mandado/chaves/chaves/pau mandado...) e é bom que se diga que a economia venezuelana, como tambem a condição de vida das pessoas vai muito bem, até onde eu sei (com excessão da elite daquele pais).

Anônimo disse...

Não acredito em socialismo, nem em capitalismo.Não acredito em que há vilões ou mocinhos.Essa jogo é mais dificíl de ser vivido e fácil de ser entendido do que se pensa.
"Muitas das acusações que Chavez fez a Bush, antes de estar na moda falar mal de Bush, se cumpriram"
(Arnaldo Jabor)
Porém as ditaduras latino-americanas não são menos sacanas que o imperialismo estadunidense não.Fazem com seu povo o que os EUA fazem com o povo dos outros.

Daan disse...

Espero que nun seja uma terceirra guerra mundial hehe